Os dois pedidos de cassação do Vereador Dr. Tandick Resende, que foram emitidos pelo Vereador Vinicius Alcantara e pelo Juiz Alex Vinicius, foi lido agora mesmo nesta sessão de quarta-feira e já foi encaminhado para a procuradoria geral.
Entre todos os acontecimentos na Câmara Legislativa de Ilhéus, o que mais se tem viralizado, comentado e ainda rendendo assunto é a cassação do vereador Dr. Tandick Resende. Na última quarta-feira (30/05) um vídeo absurdo de uma discussão – quase física – entre o Dr. e o vereador Vinicius Alcântara.
A crise política envolvendo os vereadores, foi levada a um outro caminho quando na última segunda-feira (05/05) Vinicius Alcântara publicou um vídeo nas suas redes sociais elencando uma série de fatos que deveriam ser levados em consideração quando se pensa na imagem do vereador Dr. Tandick como:
- A violência dentro do plenário contra os colegas de partido;
- Agressão a jornalistas;
- Situação de violência política contra mulheres, em específico com a vereadora Enilda Mendonça que denunciou o ato durante o expediente de trabalho;
- A sua ex-assessora que que fez uma denuncia assédio moral ;
- Já esse ano estrelou outros desentendimentos sérios com seus colegas de câmara;
- Seu colega de partido, Vinicius Alcântara, afirmou que ele teve as contas eleitorais reprovadas; e que quando o Tandick subiu a primeiro secretário da mesa, o poder subiu a cabeça e agora ele humilha os integrantes do próprio partido publicamente;
- Calúnia a desembargadores; Neste caso, o Juiz Alex Vinicius, da 1a Vara Pública da cidade, que nesta ontem (06/05) também entrou com um processo contra o vereador acusado na Câmara Municipal pedindo o afastamento do mesmo.
A coluna apurou que no dia de ontem, após a sessão, houve uma reunião – no quartinho secreto – que discutiu o caso. De 21 vereadores, 19 acreditam que essa situação está insustentável. Os pedidos de cassação recebidos devem ser lidos na sessão de hoje.
Já pelo lado do Dr. Tandick Resende, ele afirma que sobre o caso do juiz, não houve crime, calúnia ou difamação pela sua fala, em que denuncia a demora do órgão jurisdicional em enfrentar o pedido de tutela provisória de urgência. Ele ainda levanta a questão da imunidade parlamentar, garantida pelo artigo 53 da Constituição Federal de 1998, que estabelece que os membros do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas e das Câmaras Municipais não podem ser responsabilizados por suas opiniões, palavras e votos emitidos no exercício de suas funções.
O vereador, diz que “a sua postura firme e combativa é em busca da defesa dos interesses cidadãos ilheenses, questionando decisões do executivo e judiciário que possam ser consideradas inadequadas ou ser prejudiciais para a população mais vulnerável”. Ele complementa afirmando que sua função como vereador é fiscalizar e criticar outros poderes.
Nesse contexto, o vereador ainda diz que essa tentativa de cassação do seu mandato, baseada em uma quebra de decoro parlamentar, é uma investida de silenciar críticas legítimas e enfraquecer a democracia local, fragilizando a independência do legislativo, abrindo precedente para a quebra de liberdade de expressão de todos os vereadores.
Diante de um cenário cada vez mais conturbado e cheio de denúncias graves, cabe à população de Ilhéus exercer seu papel com atenção redobrada. É hora de acompanhar de perto os passos da Câmara Municipal, observar quem realmente está do lado dos interesses do povo, neste momento, o silêncio da sociedade pode ser o maior erro.
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